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Quando o cansaço nos faz esquecer

  • Aline Ribeiro Silva
  • 1 de out. de 2015
  • 3 min de leitura

Você já se sentiu desmotivado? É difícil falar sobre isso e até admitir que muitas vezes o cansaço, a rotina e os muitos compromissos nos desmotivam. No fundo, sabemos que sempre haverá um motivo para a nossa dança. Posso elencar cinco motivos, ao menos (não perca o post da próxima semana sobre isso). Mas mesmo assim, somos tentados a dizer "cansei".


De fato, os afazeres são muitos e os cuidados de um ministério artístico são numerosos: planejar o culto especial, providenciar figurino, cenário, maquiagem, penteado, acessórios, editar as músicas, agendar ensaios, zelar pela própria saúde espirtual e pela do seu ministério, lidar com imprevistos, com pouca verba, com a oposição do inimigo. Tudo isso nos leva à exaustão mental e emocional, até um ponto em que um grande emaranhado de agendas e compromissos nos preocupa, pesa e nos impede de caminhar. E o último estágio é quando não há forças nem para dançar: esse é o derradeiro pedido de socorro do seu corpo, quando ele não consegue realizar nem mesmo o que lhe concede a energia vital.

Muitos de nossos ministérios não têm preparo técnico e nem o buscam quando na verdade isso é essencial e bíblico. E é aí, na Bíblia, que nossa desmotivação desfalece e o Espírito Santo nos faz lembrar do Motivo. Nascemos para isso, existimos para adorar, e a dança em nós existe para testemunhar sobre nossa libertação e para promover a salvação em Cristo (sobre isso, recomendo um post que você pode acessar clicando aqui).


O apóstolo Paulo nos ensina sobre disciplina e diligência em sua primeira carta aos coríntios.


"Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns. E eu faço isto por causa do evangelho, para ser também participante dele. Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível. Pois eu assim corro, não como a coisa incerta; assim combato, não como batendo no ar. Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado".

1 Coríntios 9:22b-27


Há alguns anos, assisti ao maravilhoso espetáculo "Lanternas Vermelhas", apresentado pelo Ballet Nacional da China. Fiquei impressionada com tamanha técnica e precisão, bem como extasiada pela beleza dessa arte. Os bailarinos profissionais se esforçam, investem tempo, não negam a dor dos alongamentos nem desistem no meio do adagio, além de manterem uma alimentação balanceada (ao contrário do que muitos imaginam, bailarinos que não comem bem não têm força para dançar, gente!). E tudo o que eles ganham é dinheiro e fama: desejáveis pelo mundo.


Todos esses prêmios são corruptíveis. Finitos. Mas a Palavra nos incentiva a continuar batalhando em busca do prêmio incorruptível e eterno. Nossos alongamentos, nossos treinos, dores e bolhas nos pés, nosso tempo e o dinheiro investido em aulas de dança não buscam outro propósito senão o do Reino, a saber, a salvação de muitos. Assim, precisamos subjugar nosso corpo, buscar forças em Deus e continuar a corrida. Não para que a altura do grand battement impresisone os espectadores, mas para que estejamos aptos a expressar a mensagem do Senhor da maneira como ele nos pede. Afinal, dançams para expressar, não para impressionar.


E isso eu entendi quando vi o Ballet Magnificat!, em julho deste ano, ao lado de amigas muito queridas e companheiras de ministério. Toda força, toda técnica, todo alongamento e toda perfeição artística de uma coreografia interpretada por Kathy Thibodeaux e John Vandervelde me fizeram sentir a paz e a delicadeza de voar para os braços de Deus. Eu quis que aquele momento durasse para sempre. Na verdade, demorou para que pudéssemos recobrar a plena consciência e aplaudir a Deus pela vida deles e a eles pelo trabalho.


E então me lembro do porquê de tudo isso. E me lembro para que tudo isso. E tudo volta a fazer sentido. Os ensaios, o figurino, o cenário... são para transmitir a mensagem de Deus com destreza e diligência. Para sua glória e para a salvação de muitos.


"Quando penso em desistir lembro que você insistiu em mim".

Leonardo Gonçalves, música "Princípio e fim".


Que o Senhor nos fortaleça todos os dias. E que sejamos sempre gratos ao Espírito Santo pela companhia consoladora.


Assista ao adagio de uma aula do Ballet Magnificat!, dirigido por Kathy Thibodeaux.

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