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O eco do louvor de Miriã

  • danca-para-expressar
  • 3 de dez. de 2015
  • 3 min de leitura

"Louvai-o com danças..."

Salmo 150:4

Louvar a Deus com danças faz parte da nossa intimidade com Deus enquanto bailarinos-ministros cristãos. Já recomendei e reitero aqui a importância de dançar a sós com Deus, quando você vai fazer seu devocional e escolhe dançar para prestar louvor e adoração ao Criador. É nesse momento que a inspiração divina é derramada sobre nós e reavivamos nosso batismo com o Espírito Santo ao falar a língua da dança. Liberdade na presença do Altíssimo! O privilégio de, em secreto, ser autêntico e sincero, intenso e despretensioso, e por isso não ter nada na cabeça além do Amor do Pai.


Mas na congregação, quando dançamos com o ministério de música no período de louvor, onde está nosso coração? Nossos pensamentos, preocupações e motivações são tantos que ficamos sujeitos a nos perder e posicionar nosso corpo como uma "máquina de louvor". Isso não existe, porque o Senhor recebe um culto racional, não automatizado.


Se pensarmos nos propósitos da dança cristã, veremos que a expressão dessa arte é eficaz para evangelizar, para ensinar e para louvar. Nos cultos, nas liturgias regulares com o ministério de música, nossa ação é prestar louvor. Mas se apenas nós do ministério dançamos, como a igreja vivencia a dança? Quando eu danço, eu louvo e adoro. Quando alguém me vê dançar nos cultos, sem um enredo teatral ou um tema, esse alguém é tocado como? E isso nos remete a um questionamento superior. Onde posicionar o coração enquanto dançamos em louvor na igreja?


Então Miriã, a profetisa, a irmã de Arão, tomou o tamboril na sua mão, e todas as mulheres saíram atrás dela com tamboris e com danças. Êxodo 15:20


Esta, talvez, seja uma das passagens mais conhecidas da Bíblia sobre dança. Ela acontece logo depois que os hebreus recém-libertos atravessam o Mar Vermelho e celebram a libertação e a proteção de Deus. Hoje, mais do que olhar para a linda dança de Miriã ao Grande Eu Sou, vamos nos distanciar da cena e olhar para toda a congregação.


Miriã tomou o tamboril e passou a cantar e dançar diante do Senhor. Ela fez isso provavelmente porque sua alegria era tamanha que não cabia nos limites do seu corpo e ela só poderia demonstrar para Deus o que estava sentindo ao celebrar a vitória com todos os eus músculos. Era um louvor pessoal.


Mas agora vejamos que as mulheres foram inspiradas por ela, e igualmente decidiram louvar ao Deus por suas maravilhas. A dança de Miriã contagiou a congregação e todas as famílias, representadas pelas matriarcas, louvaram. Imagine só. No deserto, diante do Mar Vermelho, com o coração acelerado e a adrenalina correndo, extasiados diante da força do Grande Eu Sou. Maravilhados. Moisés e os filhos de Israel tinham acabado de cantar sobre a vitória dada por Deus. As mulheres permaneciam em silêncio, com o coração voltado para a graça soberana de Deus. Inesperadamente, Miriã toma um instrumento de percussão e começa a se mover de um lado

para outro e a pular e cantar. "Cantai ao Senhor porque gloriosamente triunfou...", dizia ela. As mulheres se entreolharam. "O que ela está fazendo? Cativos no Egito, nossos corpos obedeciam às ordens da chibata e só sabiam amassar barro e fazer tijolos", elas devem ter pensado. Mas logo o Espírito mostrou que elas não estavam mais cativas, que seus corpos agora eram livres por Deus, em Deus. E, de uma em uma, surpresas e ainda por um pouco retraídas, as mulheres foram tomando seus instrumentos também e começaram a dançar. Mais do que isso, começaram a expressar louvor. Miriã, com sua dança espontânea e seu louvor pessoal, inspirou as mulheres de sua congregação a assumirem o novo lugar de liberdade e a louvarem em alegria. E aquele deserto teve som e beleza. Aquele dia, cheio de cargas emocionais positivas, se tornaria um memorial, por milhares e milhares de anos.


Quando dançamos nos cultos, com ou sem uma coreografia, podemos usar nosso corpo para expressar a mensagem das canções entoadas ao Senhor pelo ministério de música e pela igreja. Mas não se trata de uma legenda para a música ou um adorno do culto. Não. Veja que responsabilidade e que oportunidade incríveis. Podemos inspirar e encorajar as pessoas a tomarem seu lugar de livres por Deus, em Deus. Podemos motivar a igreja a erguer as mãos, a se prostrar, a saltar e celebrar, a louvar. No fim das contas, sempre anunciamos a obra redentora, porque testemunhamos sobre a libertação, ofertada a todos por Jesus.


Onde está o coração quando dançamos? Deve estar louvando a Deus. E ministrando à igreja segundo o Espírito. Com consciência e escolha, através da emoção e da arte. Não posso deixar de sorrir ao pensar nisso. Aliás, estou sorrindo enquanto escrevo. Não quero nunca sair desse lugar. Não vou tirar meu coração daqui, desse lugar de adoração. Quero ficar aos pés de Jesus assim como Maria fez. Mas vale examinar esse coração, para que ele não seja orgulhoso ou fique alienado do Corpo, deixando de produzir para o Reino. Assim como Marta, precisamos manter as mãos trabalhando e servindo aos irmãos. Entre Maria e Marta, o equilíbrio de Miriã.







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