A dádiva da comunhão
- Aline Ribeiro SIlva
- 14 de jan. de 2016
- 3 min de leitura
Você já experimentou imaginar os objetos e ritos descritos no Pentateuco? Pense nas cores do Tabernáculo, todo azul, roxo e vermelho, com detalhes em ouro. Que lindo e colorido. Imagine os objetos de ouro e bronze, reluzentes. Imagine o altar do holocausto. Pensou nas ofertas? Imagine o cheiro dos pães feitos da mais pura farinha e do melhor azeite. Tudo parece maravilhoso.

De fato, há mais do que isso. Lembremo-nos dos sacrifícios animais, com sangue escorrido nas pontas do altar, os órgãos dos animais sendo separados, alguns totalmente queimados, com a gordura. Outras partes separadas para o sacerdote e sua família. Pense nas mãos do sacerdote, sujas de sangue. Parece uma imagem terrível. Mas às vezes é bom nos lembrar dela, lembrar que o sacrifício de Jesus, aquele válido para expiação dos nossos pecados, também teve sangue, muito sangue.
Mas hoje quero me ater a um tipo específico de oferta, a de comunhão. Ela também implicava em sacrifício - e assim sabemos que o sacrifício de Jesus não só nos salva, mas nos garante comunhão com Deus.
Mantenha-se aceso o fogo no altar; não deve ser apagado. Toda manhã o sacerdote acrescentará lenha, arrumará o holocausto sobre o fogo e queimará sobre ele a gordura das ofertas de comunhão. Mantenha-se o fogo continuamente aceso no altar; não deve ser apagado.
Levítico 6: 12-13
Essa passagem é linda! O livro de Levítico pode parecer um tanto árido, cheio de regras e mandamentos. Mas nele Deus revela seu imenso amor e cuidado para conosco, como um pai zeloso que busca nos afastar das coisas ruins. Esses dois versículos mostram a vontade de Deus de ter sempre um relacionamento conosco. Ele está dizendo: “Filhos, quero encontrar com vocês todos os dias. E, por favor, não me deixem esperando porque estarei com saudades. Me procurem logo pela manhã, para que tenhamos comunhão. E não deixem nunca que nossa comunhão acabe ou esmoreça, mantenham-na sempre em ordem. Venham me ver sempre porque eu amo vocês”.
Quando entendemos essa verdade, tudo em nossa vida muda. Temos falado aqui como é importante que aqueles que se chamam adoradores mantenham a adoração como um estilo de vida, e não como uma prática pontual, algumas vezes na semana. Esse lindo trecho das Escrituras nos comprova isso. Precisamos prestar atenção para nunca deixar o fogo do altar se apagar. Nunca. E quem hoje garante a vivacidade desse fogo é o Santo Espírito de Deus. Todas as manhãs temos a chance maravilhosa de buscar ao Senhor e ter comunhão com ele através de nossas ofertas de louvor. E se por acaso percebermos que o fogo está se apagando, que a chama está discreta e fraca, basta fechar os olhos e chamar o Senhor, chegar perto dele em oração. Simples assim!

O princípio da comunhão e simples. Tão fácil que muitas vezes ignoramos essa dádiva em nosso dia a dia. Te convido a arrumar a lenha no altar todas as manhãs, colocar sua vida sobre o altar, como a oferta, e fazer subir a Deus o aroma suave de sua adoração. Ele virá até você e terão um tempo maravilhoso de comunhão. E assim, mesmo que você parta para suas atividades corriqueiras, o fogo do altar estará aceso em seu coração, e a presença do Altíssimo te acompanhará em comunhão. Você não terá vontade de desagradar esse Deus tão carinhoso que estará cuidando de você.
Experimente. E me conte como foi. E se você puder, coloque-se sobre o altar saltando e rodopiando, oferecendo suas danças em louvor a Deus. Vai ser maravilhoso!
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