top of page

Continue a dançar, continue a dançar!

  • Aline Ribeiro Silva
  • 5 de abr. de 2016
  • 3 min de leitura

Você já se sentiu incapaz de dançar?


Já teve aquela sensação de que nunca conseguiria fazer direito determinado passo ou sequência? Eu passo por isso frequentemente. Ano passado assisti as coreografias Antique Dance e Cacti, interpretadas pelo Balé da Cidade de São Paulo. Saí de lá convencida de que o que eu fazia não era dançar. O que eles faziam, era. Fiquei até achando que nem sequer eu conseguia bater palmas no ritmo certo (vejam o vídeo e rapidamente vão entender essa minha sensação). Em 2015 também estive no 4º Congresso Nacional de Dança Cristã, acompanhada de três amigas muito queridas e inspiradoras para mim, cada uma à sua maneira. Participou do Congresso o Ballet Magnificat!, um ministério cristão maravilhoso e com muitos anos de estrada (clique aqui para conhecê-los melhor). Eu estava muito gripada, com o corpo dolorido e sem muita energia, e acabei não aproveitando os workshops tanto quanto gostaria. Apesar de agradável, o dia foi longo para mim. Confesso que me desmotivei logo no primeiro dos três workshops que faria, o de ballet clássico. Eu mal conseguia acompanhar a turma, e olha que nenhum daqueles passos e exercícios era novo para mim. Uma sensação de incapacidade dominou meu coração, e comecei a questionar se fazia sentido eu estar ali. Milhões de pensamentos me vinham à mente. Não sou mais uma mocinha, nunca vou aprender. Não dá mais tempo de eu melhorar e ser boa na dança. Meu corpo não foi projetado para dançar, não era nisso que Deus pensava quando me criou. E ainda essa gripe! Eu devia estar em casa, debaixo das cobertas.



Fiquei triste. Nem consegui participar do último workshop, de contemporâneo. Só fiquei lá sentada, vendo as pessoas dançarem e aprenderem. Quando fomos para as ministrações de encerramento, eu mal tinha ânimo. Mas Deus ministrou meu coração com paz através de vários ministérios, como a Cia Tribo de Dança e a Cia Vivian Lazzerini. E logo começaram as coreografias do Ballet Magnificat!. Eram lindas, com figurinos maravilhosos, maquiagens impecáveis, expressões profundas. Foi nesse momento que meu ministério e minha alma tiveram uma reviravolta, quando Kathy Thibodeaux e John Vanderveld começaram a dançar. Nunca vi tanta beleza em minha vida, nem antes nem depois (até agora). Meus olhos ficaram marejados enquanto a vida de Deus era ministrada em mim. “Ela tem 60 anos!” eu pensava. Como era possível? Ela havia persistido na dança por décadas! Nunca se cansou? Nunca pensou em parar? (John Vanderveld havia acabado de pregar sobre isso, sobre a convicção do chamado que eles têm). Ao final da coreografia, havia um fôlego retido em todos nós. Demoramos alguns segundos para aplaudir. Eu estava extasiada. E naquele momento eu percebi: preciso fazer melhor para Deus.


Desde então, toda vez que acho minhas aulas de ballet muito difíceis ou dolorosas, quando a dor nos dedos dos pés é tão grande que só penso em parar, quando meus joelhos não esticam mais e a força nas costas e no abdômen já desapareceu, eu me lembro: preciso melhorar.


Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível. Pois eu assim corro, não como a coisa incerta; assim combato, não como batendo no ar. Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado. 1 Coríntios 9:24-27

Como poderia eu me esforçar menos para a obra de Deus do que para o meu trabalho secular? Ou do que para uma apresentação da academia de dança no fim do semestre? Certamente a reprovação à qual o versículo anterior se refere é a espiritual, que diz respeito à própria salvação. Mas podemos enxergar um esforço natural, físico muitas vezes, de Paulo para cumprir seus propósitos espirituais. Entre cadeias e cidades desconhecidas e hostis, o apóstolo manteve os olhos em Cristo Jesus, subjugando seu corpo, forçando-se além de muitas barreiras para cumprir seu propósito de vida.


Se você está em dúvida sobre seu chamado ministerial, ore ao Senhor porque ele certamente te confirmará o ministério, o trabalho ideal para você. Há espaço para todos: a colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos (Mateus 9:37). Porém, se você já tem convicção de seu chamado ministerial, se Deus falou sobre ele com você, então não desista! Seja melhor a cada dia na obra que o Senhor te confiou. Peça a Deus que te ensine, como Samuel foi ensinado nas leis. Peça ao Espírito que te capacite, como fez ao ourives Bezalel (Êxodo 31:1-5). E corra sua corrida até o fim, como o fez o apóstolo Paulo, se esforçando para o prêmio incorruptível que está guardado para aqueles que implantam o Reino de Deus. Não desista!



Comments


Post em destaque
Posts recentes
Arquivo
Assuntos
Siga-nos
  • Facebook Basic Square
  • Twitter Basic Square
  • Google+ Basic Square

Vestuário de dança

Dança para EXPRESSAR, por Aline Ribeiro SIlva  Orgulhosamente criado com Wix.com

  • Facebook Clean
bottom of page