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5 passos para a plenitude ministerial

  • Aline Ribeiro
  • 8 de out. de 2015
  • 6 min de leitura

Conforme amadurecemos em nossos ministérios, seja pessoalmente ou com todo o grupo, o Espírito Santo nos impulsiona a questionar o que temos feito. Então percebemos que, para crescer espirtualmente, nosso ministério precisa sair das paredes da igreja e anunciar Cristo ao mundo. E certamente devemos fazê-lo. O problema está em acharmos que nosso ministério é pleno e agrada a Deus porque, uma vez ao ano ou uma vez por semana, dançamos em uma praça da cidade, chamando isso de evangelização. Porém, o exemplo perfeito do Mestre Jesus e a clareza de seus ensinamentos não nos deixam dúvidas: há muito mais que se fazer para cumprir o propósito do Senhor para nós.

Em seus best-sellers "Uma igreja com propósito" e "Uma vida com propósito" (ambos publicados no Brasil pela Editora Vida), o autor e pastor americano Rick Warren nos apresenta uma linda perspectiva sobre o ideal de Deus para um ministério. E baseada nesses estudos, venho propôr uma reflexão sobre o que temos vivido em nossos grupos de dança e como estamos organizando nossas programações. A Palavra de Deus é perfeita, então vamos partir dela.


Jesus é para nós, aqui e em todos os assuntos, o ponto de partida e exemplo máximo a ser seguido. E nos motivou a praticar o Grande Mandamento e a Grande Comissão.

E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Mateus 22:37-39

Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém. Mateus 28:19,20

1) Amarás o Senhor teu Deus - adoração

Toda a criação existe com esse propósito, adorar seu Criador. Porque ele é digno, Deus soberano e majestoso, redentor vivo, princípio e fim. Você já declarou seu amor por Jesus hoje?


Como todas as artes, a dança é uma maneira de expressar emoções e pensamentos. Assim, ela é capaz de comunicar a alegria e a gratidão a Deus por ser quem é e por fazer o que faz. E isso justifica seu espaço durante as celebrações e cultos na igreja. Se você ainda não disse a Jesus quanto o ama hoje, sugiro que faça isso dançando.


O rei Davi, ao saltar e dançar de alegria quando recepcionava a Arca da Aliança de volta em Jerusalém, demonstrou adoração ao Senhor, cuja presença se fazia representada através daquele objeto (2 Sm 6). Miriam, ao dançar após a travessia do Mar Vermelho, louvou a Deus pela vitória e pela liberdade que os hebreus haviam alcançado milagrosamente (Ex 15:20-21). Os textos mais conhecidos sobre dança na Bíblia expressam adoração, bem como a linda profecia de Jeremias, sobre como dançaremos de alegria na presença do Senhor por toda a eternidade (Jr 31:13).

Esse propósito é constituinte de nossos ministérios, que muitas vezes nascem acompanhando as músicas de louvor nos cultos. Mas é sepre válido destacar que a adoração não é resumida à arte, seja música, dança, poesia, teatro... Adoração é a maneira como vivemos para engrandecer o nome do Senhor. Não vamos nos iludir pensando que adoramos ao dançar apenas: na verdade a dança expressa a adoração que vivemos no nosso dia a dia.

2) Amarás o teu próximo - serviço e humildade

Temos na Bíblia definições poderosas do que é o Amor. Simples e profundas. E certamente podemos defini-lo como "servir". A prática cristã de nos fazermos menores do que todos os demais deve nortear a interação com os demais ministérios da igreja e dentro do próprio grupo. Talvez esse seja o propósito mais difícil de ser vivido, já que bailarinos, músicos, atores, enfim, artistas, tendem a enaltecer seu ego.


Não somos mais importantes do que o ministro de louvor, que muda o repertório de última hora e não nos avisa. Não somos mais importantes do que os diáconos, que arrumaram as cadeiras da igreja deixando pouco espaço para dançarmos. Não somos mais importantes do que as crianças, por exemplo, ou qualquer outro grupo que precise usar o espaço em que ensaiamos justo no horário em que ensaiamos. Não somos mais importantes do que o pastor, que inicia a pregação enquanto saímos do templo para trocar de roupa depois do louvor. Não somos mais importantes porque aprendemos piruetas ou temos alongamento. Não somos melhores do que alguém de outra faixa etária que deseje dançar para Deus, seja ou não conosco. Nada disso nos dá o direito de ficar irritados, fazer exigências ou deixar de adorar com danças. Sugiro fortemente que comecemos a cultivar um relacionamento de respeito e cooperação com todos os ministérios da igreja, com os músicos e ministros de louvor, e principalmente que nada seja mais importante para nós do que ouvir a voz de Deus e o que ele tem a nos ensinar através das pregações.

3) Ide - evangelismo

Enquanto arte, a dança é uma linguagem. Assim, ela pode ser uma ferramenta de evangelismo capaz de transmitir a mensagem da salvação. Por ser uma manifestação visual, a dança atrai a atenção dos espectadores e pode tocar suas emoções, quebrando as barreiras da alma, configurando-se como uma ferramenta para o agir do Espírito Santo no processo de conversão.

flashmob marcha para Jesus

Baseado no segundo capítulo de Atos, vemos que a dança pode falar a linguagem do perdido, bem como a música, as artes cênicas e circenses. É, portanto, relevante que se produza uma peça de dança com a qual o público a ser atingido se identifique. O conhecimento e o domínio de diferentes estilos de dança são desafios para os ministérios, pois exigem técnicas e tempo de treino. Mas é um desafio a ser encarado, pois potencializa as ministrações evangelísticas e oferece um novo horizonte para a ação cristã dos bailarinos e da igreja, tendo em vista que toda linguagem deve ser muito bem dominada para que a boa comunicação se estabeleça.


Mas dançar na rua não basta. Evangelizar é anunciar as Boas Novas, portanto é preciso falar com as pessoas que pararam para assistir a coreografia, convidá-las para ir à igreja e sobretudo oferecer a elas a nova vida em Cristo. A dança atrai a atenção, mas não salva. Quem salva é Jesus e os espectadores precisam ter a chance de conhecê-lo melhor.

4) Batizando - comunhão

O batismo nos permite fazer parte do Corpo de Cristo. Por isso, ter comunhão com o Corpo é um sinal da nova vida e é uma prática espiritualmente saudável.


A comunhão dentro do grupo de dança não deve ser um garnde desafio. A interação física dos bailarinos durante as coreografias estimula a comunhão naturalmente. Além disso, o tempo investido nos ensaios tende a criar laços entre as pessoas que dele participam. Portanto a comunhão dentro do ministério de dança é importante para seu bom desempenho. E precisamos cultivá-la e cuidar para que nenhuma amargura se enraize.

A comunhão do Corpo, conforme 1 Coríntios 11, se fortalece na Santa Ceia. É fácil perceber que não podemos nos excluir ou fazer do ministério de dança um grupo de elite, fechado, isolado da igreja. Antes, somos o Corpo de Cristo. Não é possível trabalhar para o Senhor e odiar seu Corpo: então todo nosso trabalho terá sido para nosso prazer, não para a edificação de muitos e a implantação do Reino, nem para a Glória de Deus. Sejamos e vivamos o Corpo.

5) Ensinando - o crescimento e o conhecimento

As pessoas têm mais facilidade em se lembrar de eventos com grandes cargas emocionais. A Teoria da Inteligência Multifocal, por exemplo, desenvolvida por Augusto Cury, afirma que os eventos vivenciados com emoções são mais fortemente registrados na memória: por isso não nos lembramos de todas as coisas, por isso temos mais facilidade em nos lembrar de um filme que de um discurso. Apesar de criticáveis em alguns aspectos, essa e outras teorias demonstram a importância das emoções para o processo de aprendizagem.


A dança e as artes, em geral, têm grande potencial para transmitir ensinamentos, uma vez que despertam as emoções do espectador durante o processo de aprendizagem, garantindo que aquele conteúdo permaneça registrado na memória em condição privilegiada, de forma duradoura. Assim, conhecer a Palavra, frequentar a Escola Bíblica, e se empenhar em programações especiais, talvez em parceira com outros ministérios da igreja, compôe o último propósito.


Recentemente, diversas companhias cristãs de dança têm realizado espetáculos impecáveis para ensinar sobre o poder transformador de Deus, como a Cia. Rhema, Cia. Vivian Lazzerini e Ballet Magnificat!. As histórias de Rute, do êxodo, de Davi e outras inspiradas pelo Espírito Santo têm sido ensinadas em teatros e auditórios. Não importa o tamanho do seu ministério, sempre é possível elaborar um lindo culto de Natal, sobre as Festas Bíblicas ou sobre novas histórias para ensinar sobre a Palavra de Deus.

Essas cinco ações compõem juntas o propósito que deve guiar nossas ações ministeriais, baseadas no Maior Mandamento e nas últimas palavras do Messias, antes de subir aos céus. Temos seguido as ordens de Jesus ou temos vivido como nos agrada, mesmo dentro da igreja? Talvez nãos seja fácil atingir o equilíbrio nesses aspectos, mas Jesus o fez em seu ministério perfeito e nos convida a imitá-lo. Que Deus nos dê discernimento para avaliar nossas ações e prioridades ministeriais. Que nos dê também força e humildade para executar as mudanças necessárias.

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